SANTA CRUZ fica na parte sul do Município, no planalto beirão com uma paisagem dominada pelos pomares de macieiras e soutos de castanheiros. Santa Cruz terá sido uma “villa” rústica, o que explica a aptidão agrícola do lugar ainda hoje. Em tempos predominava o cultivo dos cereais, vinho, batata e castanha, numa lógica de subsistência e minifúndio. Hoje as macieiras predominam numa agricultura modernizada e intensiva.
Na parte alta da povoação encontra-se a Capela de São Gregório, lugar onde se realiza anualmente em março uma tradicional romaria e feira agrícola. Antigamente era uma data importante para as gentes do município e não só. Aqui se reuniam em devoção, convívio e para comprar ou vender bens ligados à agricultura. A romaria e a feira realizam-se ainda nos dias de hoje para preservar a tradição.
VILA NOVA, pequena aldeia pertencente à freguesia sempre foi conhecida pela criação de gado caprino. É a terra do cabritinho de Armamar e dos queijinhos de Vila Nova. Aqui havia boas pastagens com grandes rebanhos. Outras atividades artesanais aproveitavam os recursos da pastorícia, caso das mantas de burel feitas em São Martinho das Chãs e Lumiares, terras de fiadores e cardadores. Os pastores usavam-nas no inverno atadas aos ombros, com polainos de junco feitos em Vila Nova e que os protegiam do frio e das grandes nevadas. Outra das indumentárias dos pastores era a palhoça (ou croça), uma espécie de sobretudo feito em junco ou palha de centeio e que servia para os proteger da chuva.
Hoje já não há pastores. Mas uma pequena unidade fabril de laticínios conjuga os saberes antigos, as exigências da atualidade e uma boa dose de inovação para manter no mercado estes queijos, um dos símbolos da gastronomia do município.
