Património Classificado
-
Capela de Nossa Senhora das Neves, Marmelal
-
Castro de Goujoim
-
Igreja Matriz de São Miguel de Armamar
-
Marcos graníticos
-
Pelourinho de Goujoim
-
Ponte antiga de Santo Adrião sobre o rio Tedo
-
Capela de Nossa Senhora das Neves, Marmelal
É um pequeno templo implantado no centro do núcleo habitacional da aldeia de Marmelal.
Apesar de pequena e de arquitetura exterior simples, destaca-se pela riqueza do património integrado. O teto de caixotões em talha dourada e policromada, com painéis pintados a óleo, e o retábulo-mor, também em talha dourada e policromada, que integra elementos maneiristas e barrocos.
A capela de Nossa Senhora das Neves surpreende pela integridade e autenticidade que evidencia, o que a torna um exemplar raro. Foi classificada, por Portaria do Governo, monumento de interesse público.
-
Castro de Goujoim
É a estância arqueológica mais conhecida do Município, classificado em abril de 2013 Sítio de Interesse Público.
Foi ocupado desde o final da Idade do Bronze até à Idade do Ferro. Encontram-se vestígios de posterior ocupação romana e alto-medieval. Situa-se numa eminência rochosa sobranceira a Goujoim, a cerca de 820 metros de altitude.
São visíveis restos de muralhas, algumas com bastante extensão e em bom estado de conservação. É possível ver também as ruínas de uma torre de vigia, numa zona que terá sido a entrada principal para o perímetro protegido da fortificação. Dentro desse perímetro foram encontrados objetos diversos, nomeadamente fragmentos de cerâmica.
Próximo do castro de Goujoim, numa zona considerada de sua influência, existe uma necrópole, um espaço composto por um conjunto de sepulturas e pequenas muralhas.
Nas proximidades do castro foi encontrado um marco miliário, elemento delimitatório de territórios da época romana, um dos três únicos existentes na Península Ibérica! Trata-se de um Terminus Augustalis (Século I d.c.), estudado por arqueólogos que confirmaram a sua importância histórica.
Na zona, é possível caminhar por alguns trilhos, restos de vias romanas que por ali passavam, algumas seriam das mais importantes no território europeu.
-
Igreja Matriz de São Miguel de Armamar
Situada na zona histórica da vila de Armamar, é o único monumento nacional classificado do Município. Trata-se de um exemplar da arquitetura medieval, de estilo românico.
Segundo a tradição, a Igreja de São Miguel terá sido construída com pedras do demolido Castelo de Armamar, antes da fundação do Mosteiro de Salzedas. As opiniões a respeito dividem-se: há quem considere que foi fundada por Egas Moniz, aio de D. Afonso Henriques; outros dizem que, por iniciativa de Egas Moniz, terá sido construído um primitivo templo e não a atual igreja. Ainda assim, a data provável da sua construção será entre finais do século XII, princípios do século XIII.
Muito provavelmente a atual igreja foi antecedida por uma capela ou ermida, da mesma invocação, surgida de um culto pagão castrejo.
-
Marcos graníticos n.ºs 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86
Com a criação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro em 10 de setembro de 1756 iniciou-se a Demarcação, processo que assentava na distinção entre vinhos de excelente qualidade e vinhos de qualidades inferiores, evitando-se que seguissem para exportação vinhos de inferior qualidade que causassem má reputação.
Para assinalar os limites das demarcações estabelecidas eram colocados marcos em granito. A primeira demarcação, em 1757, distinguia vinhos de “feitoria” e “zona provável de feitoria”. No espaço que hoje pertence ao Município de Armamar, nenhuma quinta ou produtor obteve a classificação máxima de vinhos de “feitoria”. No entanto, toda a zona a leste de Parada do Bispo até à foz do rio Tedo foi classificada como “zona provável de feitoria”. Aqui estavam incluídas: Balteiro (Vilar e Vista Alegre), Quinta da Foz e Pedra Caldeira, Folgosa (Quinta dos Frades), Marmelal e Santo Adrião (Quinta de Pai Calvo e Quinta das Poldras). Nesta primeira demarcação foram colocados 201 marcos de “feitoria”.
As segundas demarcações, em 1758, surgiram por imposição do Rei que quis anular as primeiras por haver situações de favorecimentos ilícitos. Assim, Marquês de Pombal anulou tudo quanto havia sido feito no ano anterior e procedeu-se a novas demarcações. Em Armamar não houve ainda inclusão de vinhos de “feitoria”.
Nas demarcações de 1761 já foram incluídas quintas da terra de Armamar. Desde Balteiro até à Quinta dos Frades (Quinta de Vilar, Pedra Caldeira, Foz do Temilobos e Pedregal) e seguindo da Folgosa pela fralda da encosta até à foz do rio Tedo, foram contemplados terrenos, muitos deles pertença da Quinta da Penha. Também a Quinta de Castelo Borges e a Quinta do Fojo no Marmelal foram classificadas como produtoras de vinhos de “feitoria”.Os Marcos Graníticos estão classificados Imóveis de Interesse Público.
-
Pelourinho de Goujoim
O pelourinho de Goujoim situa-se na praça central. Datado da segunda metade do século XVII, trata-se do único exemplar no município a escapar à destruição destes marcos.
Na envolvente, pode ver-se a Casa da Praça, ou Casa da Câmara, um edifício já bastante descaracterizado, mas que conserva ainda a torre sineira, atributo das residências municipais na Idade Média.
O Pelourinho de Goujoim tem a classificação de Imóvel de Interesse Público, conforme Decreto 23122, de 11 de outubro de 1933.
-
Ponte antiga de Santo Adrião sobre o rio Tedo
Conhecida como a Ponte Romana de Santo Adrião, a sua construção data do século XV. Os seus contrafortes revelam estrutura românica e poderá ter sido construída sobre as fundações de uma outra mais antiga, possivelmente romana.
Dessa época existiram no local umas poldras, pedras colocadas no leito dos rios para servir de passagem, mas que foram destruídas por uma cheia em 1962.
A ponte está classificada Imóvel de Interesse Público.